A síndica profissional Juliana Moreira explica os bastidores da gestão de empreendimentos onde a privacidade e a excelência são prioridade
Mundo Pop Publicado em 23/05/2025, às 19h40
Celebridades como Zezé Di Camargo, Ana Hickmann, Sabrina Sato e outros nomes conhecidos do grande público compartilham mais do que os holofotes: todos escolheram viver em condomínios de alto padrão, localizados em bairros como Alphaville, Tamboré e em edifícios históricos como o Praia Guinle, no Rio de Janeiro. Além de segurança reforçada e infraestrutura digna de hotel cinco estrelas, esses empreendimentos oferecem um componente cada vez mais valorizado por artistas e figuras públicas: a privacidade.
Mas por trás dos portões blindados e das áreas comuns impecavelmente cuidadas, há um sistema de gestão que precisa funcionar com precisão cirúrgica e que enfrenta desafios pouco conhecidos pela maioria. Para entender melhor os bastidores dessa administração, conversamos com Juliana Moreira, síndica com ampla experiência em empreendimentos de alto padrão.
“A presença de moradores com alta exposição pública muda completamente a lógica da gestão. A privacidade passa a ser uma exigência essencial. O controle de entrada e saída é rigoroso, há protocolos específicos para visitas, entregas, prestadores de serviço e, claro, imprensa”, explica Juliana.
A gestão também precisa estar preparada para lidar com demandas complexas, desde a organização de eventos dentro do condomínio até situações de emergência que requerem discrição absoluta. “É comum que artistas recebam equipes em casa, gravem conteúdos ou recebam fãs. Isso exige um alinhamento claro com a administração e protocolos que garantam a ordem sem ferir a individualidade de ninguém”, afirma a especialista.
Além da logística, há ainda a expectativa por serviços de excelência. “O padrão é altíssimo. Tudo precisa funcionar perfeitamente — da academia à piscina, da portaria à gestão financeira. Pequenas falhas são rapidamente percebidas”, diz Juliana.
Outro aspecto destacado por ela é o perfil dos próprios moradores. “São pessoas muito ocupadas, que muitas vezes viajam a trabalho ou passam longos períodos fora. A administração precisa ser quase invisível, mas extremamente eficiente. É uma operação de bastidor que não pode falhar.”
Mesmo com todos os desafios, Juliana acredita que o modelo dos condomínios de luxo com gestão profissional tende a crescer. “Esse tipo de moradia oferece uma bolha de segurança e tranquilidade. E isso, especialmente para quem vive sob os olhos do público, vale muito mais do que o metro quadrado.”